quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O tal Jalapão, no Tocantins

O tal Jalapão, no Tocantins

Continuando a nossa viajem, depois de passar dias lindos na Chapada das Mesas, seguimos para Ponte Alta do Tocantins, a fim de conhecer o tal de Jalapão.

Para chegar lá, pegamos na rodoviária de Carolina-MA um ônibus com destino a Palmas, capital do Tocantins. Em Palmas, utilizamos um microônibus da empresa Grande Rio (63 3224-4607) para chegar à rodoviária de Ponte Alta do Tocantins-TO.

Jalapão
A primeira noite passamos na Pousada do Seu Didico, que fica pertinho da Rodoviária. Apesar dos quartos pequenos, tudo era muito limpo, o preço estava bom e o café da manhã também. O seu Didico tem carro 4X4 e faz passeios pelo Jalapão, mas foi na Pousada da Dona Lázara (63 3378-1141) que encontramos três pessoas que toparam dividir a diária do carro, por isso, fechamos os passeios com ela.

Para facilitar resolvemos passar as noites seguintes na Pousada da Dona Lázara (Pousada Planalto), mas não foi uma boa troca. A hospedagem lá é mais cara, os quartos não têm a limpeza adequada e o café da manhã é péssimo, mas como já estávamos lá com mala e tudo acabamos ficando por pura preguiça. Entretanto, fica registrado que não recomendamos rs...

Optamos por fazer o roteiro de três dias pelo Parque Estadual do Jalapão, a maioria dos guias oferece apenas o roteiro de dois, que de fato concentra as melhores atrações, mas nós queríamos mais e pegamos o maior disponível.

No primeiro dia conhecemos o Cânion da Sussuapara, que infelizmente está assoreado e muito degrado. Depois paramos na cachoeira do Lajeado que é linda e vale a visita. Também visitamos a prainha do Rio Novo, Cachoira da Velha e terminamos o dia vendo o por do sol na única duna de areia que se formou na região graças ao vento que provoca a erosão da Serra do Espírito Santo.
Prainha do Rio Novo
Cachoeira da Velha
Duna
As distâncias no Jalapão são enormes e as estradas todas de terra e areão, então prepare-se para chacoalhar bastante no carro! Mas o cansaço no corpo no final do dia vale à pena. O visual é incrivelmente selvagem, a paisagem é exuberante e a fauna é muito rica.

Dormimos em uma ótima pousadinha em Mateiros, um minúsculo município do outro lado do Parque. No outro dia madrugamos para subir a Serra do Espírito Santo e ver o nascer do sol. A trilha é íngreme, mas bem tranqüila e curta. Como fomos bem cedo, o ideal seria termos levado lanterna, mas deu para se virar. Essa atividade é cobrada a parte pelos guias, que é meio absurdo, mas independente disso, vale a pena fazer, o visual lá de cima é estonteante.

Nascer do Sol: Serra do Espírito
Onde nasce a Duna
Voltamos para pousada, tomamos café e seguimos para o seguimos para o tão afamado fervedouro, um poço de água cristalina em que é impossível afundar. A sensação é difícil de descrever, toda aquela água transparente em que você não consegue afundar! Fora à areia branquinha que destoa do resto da paisagem. Foi demais!

Fervedouro

Também conhecemos a cachoeira da Formiga, que é uma gracinha e rende o banho mais gostoso do Jalapão. Nesse mesmo dia conhecemos a comunidade tradicional de Mumbuco, que produz artesanato com o capim limão e a cachoeira da Velha que é enorme e de uma força incrível. Além disso, podemos observar as serras, morros e formações do Parque.
Cachoeira da Formiga
No fim do dia voltamos para a cidade de Ponta Alta para pernoitar. No terceiro dia fomos conhecer a Pedra Furada, a Cachoeira da Fumaça e a Cachoeira do Soninho que é enorme e tem um volume de água impressionante, valeu a pena.

Cachoeira da Fumaça
Apesar do cansaço e das atrações mais básicas do terceiro dia, também gostamos muito desse dia. O Jalapão nos surpreendeu e se não fosse tão caro os passeios, com certeza faríamos tudo de novo!

Como ficamos menos dias que o previsto no Jalapão, resolvemos pegar um ônibus para Porto Nacional e de lá outro ônibus para a cidade histórica de Natividade, no Tocantins. Assim aproveitamos para conhecer mais uma cidade em nossa passagem pelo estado. Confira no próximo post!