quinta-feira, 25 de julho de 2013

Quatro dias na Serra da Bocaina

No último carnaval, com a loucura que costumar ficar nos aeroportos nesta época, decidimos ficar em São Paulo mesmo e ir conhecer a Serra da Bocaina, que fica pertinho de nós e pode ser acessada pelo município de São José do Barreiro-SP.


Procurando na net achamos a agencia MW Trekking que oferecia uma espécie de pacote de trilhas e hospedagem em uma pousada no meio da Serra, pertinho da entrada do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Geralmente, não compramos pacotes, mas esse nos pareceu tão atrativo que resolvemos arriscar e adianto que foi uma ótima escolha.



Chegamos depois do almoço na cidade de São José do Barreiro e deixamos o carro nos fundos da agencia, pois a subida da serra precisava ser feita em um 4x4. Da cidade até a Pousada Recanto da floresta, onde ficamos, gastamos uma hora e meia de jipe.


A Pousada era a coisa mais fofa e ficava em uma área florida no pé da Serra. Ela era administrada diretamente pelos donos Zé Milton e Paula, que são muito hospitaleiros e tornaram a nossa hospedagem muito agradável



Logo que chegamos, fomos conhecer a pequena Cachoeira do Paredão, que ficava pertinho da pousada. Apesar da água fria a cachoeirinha é encantadora.

No outro dia, acordamos cedo com os gritos dos jacus, que adoram ficar na área da Pousada durante a manhã comendo os pêssegos e morangos do jardim e enfim fomos conhecer o Parque Nacional e visitar a Cachoeira das Posses.


Depois de uma boa caminhada, chegamos a esta bela cachoeira. O percurso é feito quase todo por uma estrada que passa dentro do parque, então é bem tranquilo em termos de esforço físico.

No dia seguinte foi a vez do Pico da Bacia, que fica fora da área do Parque. A subida é íngreme e feita em trilha bem fechada, mas a descida é tranquila, feita em meio a áreas de pastagem. Quando subimos pegamos uma super neblina que encobriu tudo, sentimos como se flutuássemos nas nuvens, foi uma experiência inusitada.

E no último dia fomos à cachoeira de Santo Izidro, que fica bem perto da entrada do Parque e é ótima para um bom banho. Durante o tempo que estivemos lá fomos visitados por uma cobra que fez a alegria de alguns turistas.

Não podemos deixar de comentar da comida excelente servida na pousada. Pão caseiro, sopinhas, deliciosas sobremesas e um delicioso feijão. Como os donos são vegetarianos, quase todos os pratos eram sem carne e obvio que nos esbaldamos de comer!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Chapada dos Guimarães em 5 dias!


O calendário de 2012, em São Paulo, nos proporcionou em novembro um feriadão de quase 6 dias e lógico que tínhamos que aproveitar essa oportunidade! Assim pegamos o caminho para a última Chapada que ainda não conhecíamos: a Chapada dos Veadeiros, no Mato Grosso.


Para chegar lá pegamos um avião até Cuiabá e depois fizemos o investimento de alugar um carro para ir até a cidade de Chapada dos Guimarães, pois com isso ganhamos mais tempo.
 A cidade é pequena, mas bem agitada. Aos finais de semana a praça central enche de barraquinhas e trailer de lanches. Por isso, evite se hospedar perto da praça. Como não sabíamos disso, ficamos na Pousada Bom Jardim e não valeu muito a pena.
Para os vegetarianos a cidade não oferece nenhuma opção viável de restaurantes, então se este for o seu caso, vá psicologicamente preparado. Agora duas dicas legais no quesito alimentação são: a sorveteria na frente da prefeitura que oferece sorvetes de massa e picolés feitos com frutas do cerrado (como de pequi!) e outros sabores exóticos e um senhor que circula pela praça de bicicleta vendendo suco natural de tamarindo e deliciosos bolinhos caseiros de coco.

No nosso primeiro dia de passeio, fomos ansiosos conhecer o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e escolhemos o que eles chamam de circuito das cachoeiras. Como só é possível acessar o parque com guia, fomos com a agencia Chapada Explorer que tem um ótimo atendimento. E fica a dica do guia Lázaro, que foi ótimo.


As cachoeiras são no geral pequenas, mas rendem bons banhos, ainda mais no calor que fez neste dia. Agora o mais bacana é a trilha dentro do parque, pois foi possível avistar vários animais e conhecer muitas espécies da região.
No segundo dia seguimos para o vale do Rio Claro. O rio em si não foi uma grande novidade, mas a subida a Crista do Galo foi de mais! De lá é possível ter uma visão incrível dos paredões da Chapada e toda área do Parque. Vale muito apena! Esse roteiro pode ser feito por trilha ou de carro 4x4, fomos a pé e pesar dos marimbondos, foi ótimo.

Crista do Galo


No terceiro dia fomos conhecer a caverna do Aroe Jari e a Lagoa Azul, que ficam em uma área particular. A forma mais econômica de conhecer esse atrativo é ir de carro e contratar um guia apenas na entrada da propriedade, pois é obrigatória a entrada com guia.
A vista do lugar é bacana, mas a caverna é básica e o lago azul não estava muito azul neste dia, fora que ele foi adulterado pelos proprietários para represar mais água, o que acabou com o encanto do lugar.

Aroe Jari
No quarto dia fizemos a trilha mais bacana, até o Morro de São Jerônimo. Essa é uma das trilhas mais longas do parque, mas é bem plana. Só a subida no morro que é um pouquinho puxada, mas o que pegou mesmo foi o sol, que estava judiando neste dia. Também fomos a casa do Morro que é um mirante legal, onde você pode avistar o Morro de São Jerônimo e uma  parte da área do Parque.

Em cima do Morro de São Jerônimo

Mirante da Casa do Morro
No nosso último dia na cidade, aproveitamos para conhecer o Mirante do Centro Geodésico, onde é possível chegar de carro. A vista é para a cidade de Cuiabá, então não tem graça nenhuma. O Morro dos Ventos tem a mesma vista e ainda cobra ingresso, por isso, nem nos demos o trabalho de ir lá.
Também estivemos na cachoeira Véu de Noiva que é enorme, mas ela foi tão exageradamente explorada turisticamente que dá até tristeza de ver como ficou. Por sorte, fecharam o acesso a base, assim ela será um pouquinho preservada.

Véu da Noiva
Pertinho da cidade também existem algumas cachoeiras básicas bem mal sinalizadas. Se você conseguir acha-las pode tomar um banho pagando em média 7 reais, pois estão em áreas particulares. São bonitas, mas acumulam muita gente.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Travessia São Francisco Xavier – Monte Verde

Estivemos em São Francisco Xavier em um feriado meio chuvoso com o objetivo de fazer a trilha de travessia até Monte Verde. Entramos em contato com o CAT e agendamos o passeio, mas imagine qual foi a nossa surpresa ao saber que porque chegarmos quinze minutos atrasados na sede da agencia, o guia já tinha seguido para a trilha com outro casal que tinha se inscrito no dia anterior.


Depois de muita briga, um dos filhos do dono da agencia nos levou até o inicio da trilha onde encontramos o grupo e pudemos seguir pela travessia. Diante desse ocorrido, não recomendamos o CAT, eles são muito mal organizados e empregam trabalho infantil, colocando os filhos menores de idade para trabalhar como guia. O melhor é procurar uma das outras agencias da cidade ou ir por conta própria mesmo, pois essa e as outras trilhas operadas na região são bem fáceis de encontrar.

A trilha em si foi bacana, bem íngreme, mas sem muitas novidades. O tal bosque dos Duendes é bem inusitado, mas é o único ponto da trilha que realmente tem alguma beleza natural. Na volta também subimos na Pedra da Onça, que é um mirante legal, mas como a região já está bem devastada, a vista não foi muito interessante.

Ficamos hospedados na Pousada Recanto das Pedras, que ganhou nosso selo de boa e barata. Ela fica há uns cinco quilômetros do centrinho da cidade, em uma tranquila área verde, já na área rural do município e é administrada pelos donos. O site é www.recantodaspedras.net.br e o tel. 12 3926-1791.


A cidade é muito romântica e com um clima bem interiorano. Há muitas opções de restaurantes para todos os gostos e bolsos. Passear no centrinho a noite é uma delícia, só isso, já vale a visita.