quarta-feira, 16 de abril de 2014

De volta à Chapada Diamantina

Há cinco anos passamos uma semana na Chapada Diamantina, Bahia. Foi uma viagem muito especial a um dos lugares mais bacanas que conhecemos, mas o tempo foi curto e ficamos com aquele gostinho de quero mais no final.

Lençóis
Então, esse ano, resolvemos voltar à Chapada para fazer a trilha do Vale do Pati e conhecer alguns lugares que não tivemos a oportunidade de conhecer da primeira vez, como a Cachoeira da Fumaça e as ruínas de Igatu.

Dessa vez, para ganhar mais mobilidade e tempo, optamos por alugar um carro para Salvador. A estrada de Salvador para Lenções estava bem ruim por conta de obras na pista, por isso, gastamos quase 7 horas neste percurso, mas enfim chegamos na Chapada!

O primeiro destino foi a cidade de Lenções. Ficamos hospedados na Pousada mais em conta que encontramos, que foi a Pousada do Parque, na entrada da cidade. Mas já adianto que as instalações lá são meio mais ou menos, só a piscina que vale a pena mesmo, mas como foi a mais em conta ok.

Cachoeira do Sossego
Nossa primeira trilha foi a Cachoeira do Sossego, que é acessada por uma trilha que começa ainda na cidade. É possível começar a subida pelo Ribeirão do Meio ou pegar a trilha mais em cima, que foi o que fizemos. Para isso, suba por trás do Hotel Lenções e siga as placas até o inicio da trilha. Para quem tem um pouco mais de experiência dá para fazer tranquilo a trilha sem a condução de um guia, mas se não é este o seu caso, contrate um condutor na cidade, pois a trilha não é bem sinalizada e é necessário cruzar o rio em alguns pontos específicos para acessar a cachoeira.


Nós formos por conta mesmo e com um pouco de persistência e as dicas das pessoas que encontramos no caminho conseguimos chegar a essa linda cachoeira. A trilha exige um certo esforço físico, pois a maior parte dela é feita sobre as pedras nas margens do rio. Existe uma encosta no alto à esquerda em que é possível subir e sentar de frente para cachoeira para contemplar esse monumento da natureza.

No dia seguinte o nosso destino seria o Vale do Pati. Antes de sair de São Paulo já tínhamos fechado essa trilha com um guia que nos foi indicado por uma amiga, assim como o transporte até o inicio da trilha na cidade de Guiné e todos os outros detalhes para vivermos essa grande experiência.

Inicio da trilha para o Vale do Pati por Guiné
No próximo post contaremos tudo sobre esses quatro dias que passamos dentro do parque curtindo o mágico Vale do Pati!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

As Agulhas Negras – Itatiaia/RJ

Não faz muito tempo que estivemos em Itatiaia, quase na divisa de São Paulo com o Rio, para conhecer a parte baixa do Parque Nacional do Itatiaia. Por lá é possível visitar diversas cachoeiras e conhecer um pouquinho mais da história do primeiro parque nacional do Brasil.

Nem preciso dizer que super vale a visita, são trilhas leves e um museu bem organizado. Um bom lugar, com estrutura, para levar as crianças para aprenderem um pouco mais sobre a nossa Mata Atlântica.
Contudo, o tema do nosso post é outro, o que eles chamam por lá de parte alta do parque, onde o bicho pega, ou melhor, onde literalmente se sobe as montanhas! E que montanhas!
Pico das Agulhas Negras
O Pico mais alto do parque são as Agulhas Negras que, óbvio, virou o destino da nossa viagem. Este é o quinto pico mais alto do Brasil e para alcançar o cume é preciso usar equipamentos e técnicas de escalada.
Destino escolhido, objetivo traçado e data escolhida: feriado de carnaval. Colocamos o pé na estrada e nos hospedamos na cidade de Penedo – RJ, pois a pequena Itamonte-MG estava lotada por conta do carnaval.
Pela internet pegamos a lista de guias credenciados ao parque no site do ICMBIO, conversamos com alguns, mas sentimos firmeza mesmo com a Ingrid e o Evandro (24 98122-7873 - montanhasdoitatiaia@outlook.com) e lá formos nós.
Pico das Prateleiras
Como tínhamos dois dias disponíveis começamos com o Pico das Prateleiras, que tem esta denominação por conta das posições das pedras no topo. A subida é tranquila até a base, depois é seguir o trepa  pedra e alcançar o cume com a ajuda de uma corda, pois existe uma grande pedra bem íngreme para transpor. A vista lá de cima é linda. Dá para ver o vale embaixo e alguns outros picos do Parque.
Na volta, caminhamos entre as montanhas para ir até a Pedra da Tartaruga e da Maça, o visual também é lindo e vale a pena fazer esse passeiozinho.
Vale / Pedra da Tartaruga
No dia seguinte, depois do treinozinho nas Prateleiras, chegou a hora da verdade, fomos subir as Agulhas Negras! E que subida! O caminho não é nada fácil, são muitas pedras e uma subida bem íngreme. Depois tem duas rampas, que haja folego! Mas a visão de lá é recompensadora.

Para alcançar o cume existem dois trechos em que é necessário usar técnicas de escalada e equipamento, por isso, a importância te estar com guias preparados e responsáveis. E para chegar ao livro de cume também, então é tão simples, mas vale a pena! O Parque é lindo e visão é recompensadora, nem dá vontade de descer.


Retornamos debaixo de uma bela chuva, mas mesmo voltando para casa enlameados e molhados, chegamos felizes e com aquele gostinho de quero mais. Logo mais voltaremos à parte alta do Parque para fazer outras trilhas: Morro do Couto, Asa do Hermes, Cachoeira Aiuroca e muito mais, aguardem os próximos posts!