sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Terra e Mar em Ilha Grande – RJ

Mais um feriadinho chegando em São Paulo e mais uma vez aquela pergunta vem a nossa mente: “Para onde vamos?”. Afinal, para quem trabalha a semana toda, sem trégua, cada folga tem que ser bem aproveitada. Pensamos, pensamos, olhamos a previsão do tempo e decidimos conhecer a Ilha Grande no Rio de Janeiro.



O primeiro desafio é chegar. De São Paulo a viagem é longa, muitas horas na estrada até chegar em Angra dos Reis, mas não pare ainda, pois a maior oferta de barcos que fazem a travessia para ilha está em Conceição de Jacareí, um pouco depois de Angra.

Como chegamos tarde da noite resolvemos pernoitar em Conceição de Jacareí mesmo e seguir para Ilha no primeiro fast boat do dia seguinte. Perto do cais tem várias pousadinhas e pessoas que alugam quartos justamente para pernoite dos turistas que vão para a Ilha, então foi fácil achar um lugar para dormir.

No dia seguinte, deixamos o carro em um estacionamento e seguimos para Ilha. Chegando na Vila de Abrão, fomos em busca de uma pousada boa e barata, pois hospedagem por lá é algo bem caro. Encontramos um bom custo beneficio na Pousada Guapuruvu, que fica um pouco afastada da praia, mas tem quartos muito agradáveis e um café da manhã bem justo. Então, fica a nossa indicação.



A Vila Abrão é bem badalada, lá ficam diversos restaurantes, pousadas e um monte de agencias que oferecem passeios de barco em volta da Ilha. Não se assuste, que tudo é muito caro para o que entrega, mas a exploração turística já mudou bastante a cara dessa Vila.



Em uma dessas agencia contratamos dois passeios de lancha. O primeiro é o que eles chamam de Meia Volta a Ilha e passamos por Lagoa Verde, Lagoa Azul, Saco do Céu, Praia do Amor, do Japariz e da Feiticeira. Todos esses lugares são muito lindos e ótimos para banho. O passeio vale a pena, apesar do preço, só fique atendo a oferta de almoço nas praias, pois o quiosque que o pessoal da agencia indica geralmente não é o mais barato. Outra opção também é levar um lanche, já que o passeio retorna para Vila de Abraão no meio da tarde.

 

O segundo passeio de lancha que fizemos foi o que eles chamam de Super Sul, que passa pela Ilha de Jorge Grego, Praia do Caxadaço e Dois Rios, nesta última foi onde ficamos mais, pois além de ser uma linda praia bem vazia, lá também é possível visitar as ruínas do antigo presido de Ilha Grande. Se você gosta um pouquinho de história, já vale a visita ao local, que esta bem conservado e conta com um museu que apresenta toda a historia da Ilha. Você também pode acessar a Praia de Dois Rios por trilha e se estiver cansado, pode voltar de barco, por um pequeno valor cobrado pelo pessoal que mora nessa comunidade.


Inclusive, é possível dar toda a volta na Ilha por trilhas. A maioria é bem sinalizada e de acesso fácil. Nós fomos por trilha até a Praia de Lopes Mendes, passando pela Praia de Palmas e do Pouso. A trilha é bem tranquila e gostosa, em meio a Mata Atlântica. E da Praia do Pouso também é possível retornar para Abraão de barco, por um pequeno valor.


Ilha Grande é um destina bacana tanto para quem curte o mar quanto para quem gosta de colocar o pé na trilha. Se este é o seu caso, vale a visita.

sábado, 12 de setembro de 2015

Muita água em Carrancas-MG

Com mais feriado chegando, o plano foi conhecer mais um pedacinho desse lindo e hospitaleiro estado que é Minas Gerais. Madrugamos para não pegar o transito da saída de São Paulo e seguimos para Carrancas-MG. A viagem não é curta, mas a estrada cheia de paradinhas gostosas compensa as horas dirigindo.



Depois que você entra em Minas, são diversas paradas onde você pode saborear produtos da roça e comprar um queijinho para ir beliscando no caminho. A nossa dica é a Venda do Chico no KM 743 da Fernão Dias. Lá você pode comer um delicio rocambole de doce de leite ou experimentar a broa assada na folha da bananeira, entre outras delícias.


Chegando em Carrancas, nos hospedamos na Pousada Mahayana logo na entrada da cidade, que foi uma ótima surpresa. Os chalés são lindos, aconchegantes e com muito estilo, feitos com materiais de salvos de demolição. O café da manhã é ótimo, com delícias mineiras e a localização é perfeita, pois fica em um espaço lindo e tranquilo de floresta bem conservada. E tudo isso com um preço bem justo, então a Mahayana ganhou nossos corações e o nosso selo de pousada boa e barata em Carrancas!


A cidade é cheia de atrações para quem gosta de ecoturismo, mas como tínhamos poucos dias começamos pelo passeio mais tradicional que é o complexo da Zilda. Contratamos um guia na agencia Poliana e fomos para lá. Contudo, vale ressaltar que dá para conhecer o complexo sem guia, pois apesar de poucas indicações, todas as trilhas são bem curtas e fáceis, mesmo as para as cachoeiras menos visitas.



Não vamos aqui descrever todas as quedas d’agua, porque todas são muito lindas, mas vale ressaltar que pelo menos uma descida no escorrega é obrigatória, mesmo a água da cachoeira estando trincando de gelada. Agora o grande atrativo desse lugar é a inusitada Racha da Zilda!



Para acessa-la é preciso literalmente se jogar no poço do Sonrisal e depois nadar contra a correnteza em um lindo cânion de águas escuras até essa cacheira que desce com toda força pelas paredes de pedra da Racha. É sensacional! Não dá nem para descrever a beleza desse lugar e as fotos não mostram nem um quinto do que é de verdade. Fora a emoção de acessar pela primeira vez esse cânion que fica de frente para outra queda d’agua, a cachoeira dos Anjos.



No outro dia, fomos conhecer outro atrativo famoso: o Poço do Coração. O leito do rio forma diversas quedas d’aguas e poços onde é possível se deliciar em um lindo cenário, com muitos pássaros. Os locais mais famosos por lá são os poços de hidromassagem natural, que tem uma cor verde encantadora e o Poço do Coração, que dá nome ao complexo. Nesse poço, além do formato de coração, a diversão fica por conta de pular na água gelada para mergulhar e passar por uma fenda na rocha que dá no poço seguinte.



Também conhecemos o que eles chamam de Complexo da Vargem Grande, onde fica o belo Poço da Esmeralda. É fácil de chegar, não tem trilha, por isso fica um pouco cheio, mas vale chegar ao final da tarde para aproveitar a vista, quando a maioria das pessoas geralmente já foram embora. E por fim, passamos pelo complexo da Fumaça, mas algumas cachoeiras por lá estão poluídas, aí deu aquela tristeza... e acabamos nem ficando muito por lá.



A dica para comer é o Restaurante Magia da Terra, um delicioso quilo que serve só os alimentos que os proprietários produzem em um sitio perto da cidade. É tudo muito fresquinho e muito bem preparado, além de ter um preço bem em conta. Não deixe de provar os doces e compotas feitos pela 
proprietária, eles são um espetáculo!


Carrancas tem muitos outros atrativos, além de contar com toda a hospitalidade mineira, por isso logo menos pretendemos voltar para conhecer o que não coube nesse feriadinho. 

quinta-feira, 5 de março de 2015

Mar do Caribe em Cartagena – Colômbia

A Colômbia não estava na nossa lista de desejos, mas o Daniel precisou viajar para lá a trabalho. Então, pensamos, porque não? Como ele ficaria por lá até o Carnaval, comprei a minha passagem e fui encontra-lo para curtir o feriado. Escolhemos um dos destinos mais famoso da Colômbia: Cartagena das Índias.

Muralhas de Cartagena
Esta cidade é muito famosa pela sua história e por ser banhada pelo mar do Caribe. Então, é um destino interessante para quem quer agito e ilhas paradisíacas. E também para quem quer conhecer história e visitar museus. Nós, como somos esganados, fizemos um pouco das duas coisas!


Ficamos hospedados dentro da cidade Amuralhada, que ainda conserva lindas varandas floridas e seus 12 km de muralhas. Ali ficam os principais restaurantes e como é uma área bem turística encontramos muitas opções vegetarianas. Não deixe de experimentar o patacón, que é tipo uma banana frita e a refrescante limonada de coco.
















Ali os hotéis são bem simples e caros. Ficamos no mais em conta que encontramos e mesmo assim não saiu barato. Fora que a pousada era bem ruinzinha. Mas não viajamos para ficar em hotel, então deu para dormir.

Além dos museus que ficam dentro da cidade Amuralhada visitamos também o castelo de San Felipe, que dá para ir a pé da cidade Amuralhada, aproximadamente dez minutos e fomos também ao Convento de Santa Cruz de la Popa, que é preciso ir de táxi, porque ali  a subida é intensa.

Castelo de San Felipe
O Castelo é bem legal, com suas galerias subterrâneas e tal e o convento é muito lindo por dentro. Fora que tem uma vista legal da cidade. Ambos valem a visita, mas se for pegar um táxi negocie muito. Eles não têm taxímetro e então é preciso fechar o preço da corrida antes de entrar. E olha que os preços variam muito.

Convento de Santa Cruz de la Popa

As praias que ficam em volta de Cartagena, apesar de limpas, tem um aspecto não muito legal. Por conta da areia, a água fica meio cinzenta, por isso, o melhor mesmo é pegar um barco e ir conhecer as ilhas que não banhadas pelo famoso mar do Caribe.

Perto da cidade amuralhada tem um porto onde você pode comprar os passeios para diversas ilhas. A mais famosa, com certeza é a ilha de Baru, onde fica a Playa Blanca. No geral, para ir para lá você precisa pegar um barco que para na Ilha do Rosário onde tem um oceanário e depois segue para a Playa Blanca. Como todo mundo que foi nesse oceanário nos disse que não valia apena, pegamos na Torre do Relógio um van que nos levou direto para praia e passamos o dia todo lá, já que é possível acessar a ilha por uma ponte.

Playa Blanca
O visual da Playa Blanca é muito bonito, mas o que estraga são os vendedores que não te deixam um minuto em paz e o lixo que a galera acaba espalhando pela areia. Ficamos muito decepcionados com o lugar, então se você busca sossego, risque essa praia do seu roteiro.

Playa Blanca / Vendedores e Barracas alugáveis
Em outro dia, também conhecemos a Isla del Pirata, que era muito mais tranquila, mesmo tendo alguns vendedores por lá. Chegamos até ela de barco e curtimos muito nadar em alto mar, já que lá não tem praia e sim um lindo mar aberto. É um passeio um pouquinho mais caro, mas esses day use nas ilhas privadas valem muito mais a pena do que as praias abertas, em termos de tranquilidade, claro.

Isla del Pirata
Foi um feriado de carnaval bem diferente para nós, cheio de novas experiências que a Colômbia nos proporcionou.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Fim de Semana de Sossego em Ubatuba


Em janeiro passamos um final de semana muito especial em Ubatuba e apesar de ter sido uma viagem bem básica, achamos que vale a pena compartilhar aqui sobre o cantinho especial que encontramos.


Quem já conhece, sabe que Ubatuba é uma cidade que tem de tudo, praias cheias e movimentadas e lugares tranquilos e afastados. Tem trilhas, para quem gosta de Mata Atlântica, pois esta ao lado do Parque Nacional da Serra do Mar. E também tem o Centro de Visitantes do TAMAR e o Aquário para quem quer aprender mais sobre a vida marinha. Enfim, são muitas opções para diversos tipos de viajantes.

Nós já estivemos por lá algumas vezes e gostamos muito da Praia da Fazenda pela sua tranquilidade, sem vendedores ou quiosques. Só areia, mar e muita paz. No caminho para essa praia também esta a sede do núcleo Picinguaba do Parque da Serra do Mar, onde você pode agendar diversas trilhas bacanas na região.


Mas dessa vez nosso objetivo era passar um final de semana tranquilo, só curtindo o sol e o mar em um lugar bem sossegado. E depois de pesquisarmos, encontramos a Praia do Estaleiro, que fica longe do centro, já no caminho para Paraty.


Nessa praia o mar é bem calminho e limpo. Você pode nadar a vontade e ficar despreocupado com as crianças. O único defeito é que existem alguns quiosques na entrada da praia, mas isso se resolve andando um pouco para as pontas da praia. Assim você encontra um cantinho mais tranquilo para relaxar e curtir o visual.


Ficamos hospedados na Pousada Betânia, que foi outra boa descoberta. Por lá eles alugam pequenos Chalés com dois quartos, sala e cozinha equipada em um lugar lindo, no pé da serra. Apesar de um pouco antigas as instalações estão em ótimo estado e, se você quiser, pode preparar as suas refeições ao som dos pássaros. E tudo isso, com um precinho bem legal. Vale a pena conhecer.


Para nós foi uma das melhores passagens por Ubatuba, pois encontramos muito sossego e contato com a natureza de uma forma mais tranquila e relaxante.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ano Novo em clima mineiro, em Passa Quatro-MG

O Ano Novo deve ser o feriado mais caro do ano para quem quer viajar. Passagens, hotéis, tudo com preços nas alturas e vagas esgotadas. Mas como tínhamos uns dias a mais de folga nesse período, resolvemos não desperdiçar e fazer uma viagenzinha mais barata para conhecer Passa Quatro, em Minas Gerais.
Cachoeiras, Picos e uma cidade tranquila foi o que encontramos por lá. Ficamos em uma Pousada Chamada Ponto 4, bem simples e econômica, mas com ótimo atendimento e longe do barulho centro da cidade, em um bairro bem sossegado.



Nosso objetivo principal era conhecer alguma coisa da Serra Fina, mas achar um Guia que fizesse alguma trilha conosco por lá não foi fácil. Apesar de ser bem turísticas, existem poucas pessoas na cidade que fazem serviço de guia. A maioria vem de fora, por conta da famosa travessia da Serra fina.
Enquanto não encontrávamos um guia, aproveitamos para explorar as cacheiras da região que são de fácil acesso. Algumas são bem legais, outras estão bem detonadas pelo uso descontrolado e por intervenções humanas.

No primeiro dia, conhecemos a Cacheira da Gomeira que é bem bonita e gostosa para tomar uma ducha, mas é preciso subir até a primeira queda para aproveitar o visual. Para chegar, pegue um mapa na cidade e pergunte muito, porque quase nada tem sinalização por lá.

Depois fomos tentar conhecer o poço do Quilombo, que não achamos! Na estrada existiam algumas placas, mas sozinhos não conseguimos encontrar. Por acaso, vimos nessa estrada o Ingazeiro que é uma árvore famosa por lá por ser centenária e gigantesca.

No outro dia, fomos ao Rio Verde, que é igualmente difícil de encontrar, mas que compensou todo o esforço, porque o lugar é lindo. A água é verdinha e tem várias quedas que formam deliciosos poços para se refrescar do calorão. Ficamos por lá quase o dia todo só curtindo a parte menos acessada que eles chamam de Paraiso, por que será?

Neste dia também passamos pela Floresta Nacional de Passa Quatro, mas a cachoeira lá foi uma grande decepção. Além de estar lotada de gente, ela tem um poço feito de concreto, uma intervenção horrorosa que acabou com toda a beleza do lugar. O Parque em si é bonito e bom para quem quer fazer uma caminhada relaxante.

A noite, como era virada de ano, fomos para praça, como todos os habitantes da cidade. Assistimos uma queima de fogos bem legal promovida pela prefeitura. Depois rolou uma banda local tocando na pracinha que animou a galera. O lugar ficou lotado, foi um dos maiores eventos da cidade!
Enfim, no nosso último dia na cidade conseguimos um Guia! Encontramos o Guto (Cel. 35 9169-9878) um guia muito experiente e gente boa que por um preço honesto nos levou no Pico do Capim Amarelo, que é a primeira parada para quem faz a travessia da Serra Fina.



A trilha é linda e a vista da Serra Fina compensa todo o esforço, mas é melhor avisar: não é uma subida fácil! O ponto de partida foi a Toca do Lobo, passamos por dentro de uma pequena mata e depois a trilha é toda exposta no Sol, que em dezembro não estava fraco. Subimos e descemos montanhas até alcançar o Pico. É subida que não acaba mais, daquelas bem fortes. Então, é preciso sim um preparo físico legal para dar conta de todas as subidas que hora são em chão de areia, com pedras soltas ou em meio ao capinzal.
O Pico tem esse nome por conta do capim que no sol fica com um aspecto dourado. Lá de cima, além da Serra Fina, é possível avistar outros picos da região como o Itaguaré. Usamos o dia todo para fazer a trilha com tranquilidade e ficamos com um gostinho de quero mais, pois ainda existem outros picos para conquistar por ali, mas os nossos dias de folga tinham acabado.

Mas antes de acabar esse post não podemos deixar de compartilhar com vocês as nossas dicas gastronômicas de Passa Quatro! Como uma boa cidade mineira, os queijos e doces de leite são uma delícia. Promovamos e aprovamos os produtos da Ecila Latícinios e de uma loja que fica ao lado da estação de trem. Para um café no final da tarde, um milk-shake espantar o calor ou um açaí depois da trilha a nossa recomendação é o Café e Cia, que fica na frente da praça dos Leões. O lugar é todo charmosinho, simpático e com preço bom.



Um dia jantamos em um rodizio de pizza bem gostosinho e com várias opções vegetarias, se eu não me engano o restaurante chamava seis e meia, mas também é a única pizzaria da cidade! Mas o melhor lugar de todos foi a esfiharia Monte Líbano, essa é um show a parte!


Praticamente, no quintal da casa do seu Chico, ele e sua família servem esfihas e outros pratos árabes feitos na hora e na frente do cliente! Você se sente jantando na cozinha de um velho amigo, com direito a prosa e pratos que vem do forno para sua mesa. O sabor é delicioso e o ambiente aconchegante, mas atenção, são só seis mesas, então tem que reservar para conseguir experimentar as delícias do seu Chico. Achar o local também não é tarefa fácil, mas pergunte pela cidade, todo mundo conhece o local.
Definitivamente, Passa Quatro é uma cidade muito especial e fez da o nossa virada de ano um momento muito especial. Se você ainda não conhece, corre para lá e aproveite toda a hospitalidade do povo mineiro.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Enfim, bem-vindos a Cachoeira do Tabuleiro!

O grande objetivo da travessia Lapinha x Tabuleiro é alcançar por cima a grandiosa Cachoeira do Tabuleiro e esse foi o roteiro do nosso segundo dia de caminhada (veja como foi o primeiro dia no post anterior).
Mirante
 A partir do nosso ponto de apoio, a casa do Sr. José e Dona Maria, a trilha para a Cachoeira é tranquila, só descida. O que significaria uma volta um pouco mais sofrida, afinal teria muitas subidas pela frente. O tempo feio de manhã nos deixou desanimados, com medo da neblina que atrapalharia a vista da queda d’agua, mas conforme seguíamos pela trilha, o tempo foi limpando e chegamos ao mirante já com o tempo aberto.


A Cachoeira do Tabuleiro é a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil com seus 273 metros de altura. De uma beleza impressionante, a o rio ainda forma belos cânions na parte alta que rendem deliciosos banhos e “hidromassagens” naturais.


Quando chegamos à base da Cachoeira, além do visual deslumbrante da queda, tivemos também duas grandes surpresas. Primeiro um show de um revoada de Andorinhas que brincavam no ar, envolta da queda d’agua e depois a chegada de uma turma do Canal Off, que estava gravando o salto de base jump de quatro paraquedistas, para o Programa Abismo.



Nós nos divertimos assistindo a gravação e os saltos da galera, cachoeira abaixo. Depois ficamos até o final do dia curtindo as quedas d’aguas e poços formados ao logo do curso do rio.



No último dia, acordamos cedo, nos despedimos do pessoal e seguimos para a parte baixa da cachoeira do Tabuleiro que é a área mais visitada pelos turistas.

Como para acessar a parte de baixo é necessário passar pela portaria do Parque, são cobrados 10 reais por visitante. Meio estranho, já que já estávamos dentro da área do Parque, mas ok. Pagamos e seguimos a trilha para o poço.


Há quem prefira a parte baixa, mas para nós, poder admirar esse monumento da natureza por cima foi a melhor parte da travessia. Como o tempo não estava muito bom, não ficamos muito e logo encaramos a subida de volta a portaria e a estradinha até a pequena Vila de Tabuleiro. Como o ônibus da Vila para a rodoviária de Conceição do Mato Dentro -MG só iria passar no dia seguinte, pernoitamos no Tabuleiro Eco Hostel que é bem bacaninha.

Fique atento que esse ônibus de Tabuleiro para Conceição só passa alguns dias da semana e apenas no período da manhã. Então, se informe no Hostel para programar a sua viagem. Essa região é bem precária em termos de transporte público e os taxistas “enfiam a faca” nos turistas.

Fazer essa travessia foi uma experiência muito especial e apesar dos custos de passagem e guia no feriado, valeu a pena. Minas Gerais é um estado muito acolhedor e cheio de belezas que vamos descobrindo a cada visita.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Travessia Lapinha x Tabuleiro

O plano inicial era aproveitar o feriado de novembro para fazer a travessia Petrópolis x Teresópolis, mas a um mês da viagem o Parque Nacional da Serra dos Órgãos pegou fogo. E a queimada foi tão intensa que a trilha foi interditada por tempo indeterminado. Então, rapidamente, tivemos que mudar os planos e resolvemos tentar a travessia Lapinha x Tabuleiro em Minas.

Buscando na internet encontramos o Bruno da Bambo Aventura (www.bambuaventura.com.br) guia experiente na travessia para nos acompanhar, mas que nos cobrou uma grana pelo passeio, pois não havia grupo formado para este período, já que o feriado era apenas em São Paulo.

Fomos de avião até Belo Horizonte e de lá pegamos um ônibus daqueles que vão pingando de cidade em cidadezinha até Santana do Riacho, a partir daí são 11 km de estrada de terra até Lapinha da Serra, mas não existe transporte público neste trecho, então o jeito é pegar um táxi. Como já tínhamos fechado o guia, como cortesia, ele nos buscou em Santana do Riacho e nos deixou em uma pequena pousada onde passamos a noite na Lapinha.
Café da Manhã no Camping
No dia seguinte, tomamos um ótimo café da manhã no Camping ao lado e colocamos o pé na trilha. A subida da Serra da Lapinha é tranquila e de um visual belíssimo. A Serra tem pouca vegetação, mas as formações rochosas compõe um visual diferenciado.

Inicio da Trilha
Cada trecho da Serra recebe um nome e são cortados por pequenos riachos ondem é possível pegar água limpa e até se molhar um pouquinho para se refrescar do calor intenso que faz em novembro. Como caminhamos por pastos e na crista da Serra, onde não há vegetação, o sol judiou um pouco, mas a paisagem é um presente a cada monte que se atravessa.


No meio da tarde chegamos a casinha da Dona Maria e sr. José, que foi o nosso ponto de apoio na travessia. Alugamos um quarto na casa deles para as duas noites (50 reais cada) e fechamos janta (20 reais cada) e café da manhã (10 reais cada) para o período. Tudo era muito simples, mas gostoso e aconchegante.

Casinha da Dona Maria e Sr. José
Pelo caminho, muitas placas indicam a casa de Dona Ana Benta como ponto de apoio, mas o que a maioria dos trilheiros não sabe é que ela não esta mais morando ali, assim, quem pega esse caminho já tradicional na travessia fica desamparado. Então, se você encarar essa travessia sem guia, informe-se antes sobre os pontos de apoio.
Árvore da Preguiça
Depois de uma deliciosa comidinha mineira orgânica, um céu estrelado e um dedinho de proza como os moradores do lugar, fomos dormir para nos preparar para o segundo dia de caminhada, que seria mais longo e emocionante, pois alcançaríamos a cachoeira do Tabuleiro por cima.