domingo, 20 de novembro de 2016

Parque Carlos Botelho em São Miguel Arcanjo-SP

Há muito tempo ouvíamos falar do Parque Estadual Carlos Botelho e um feriado nos trouxe a oportunidade de conhecê-lo. O Parque é uma área muito extensa de Mata Atlântica preservada e um exemplo de uso público bem positivo. Apesar de não ser perfeito, é bem estruturado e dentre os parque que conhecemos, achamos um bom modelo.


Ele abrange partes dos municípios de Capão BonitoSão Miguel ArcanjoSete Barras e Tapiraí. É cortado por uma estrada parque muito frequentada e conta com rios limpos e lindos. Também é habitado por muitos pássaros e outros animais que podem ser facilmente avistados em um fim de tarde, por exemplo.

Agora com um bebê, precisávamos escolher um local onde as trilhas fossem mais leves e o Parque Carlos Botelho foi uma ótima opção. Ficamos hospedados em São Miguel Arcanjo, uma cidade pequena, mas bem estruturada. A Pousada se chamava Villa da Mata e por um preço justo conseguimos um quarto muito confortável e limpíssimo.

Todas as trilhas dentro do Parque são guiadas por monitores que trabalham lá mesmo e você pode contrata-los por agendamento ou chegando cedinho na sede do Parque. Nós fomos no primeiro dia sem agendamento e conseguimos tranquilamente vagas para fazer a trilha do Rio Taquaral (4 km)  e a trilha da Represa (3 km). Ambas muito bonitas e planas, passando por áreas bem preservadas em que se avista muitos animais e um rio muito limpo e transparente, que rende um belo banho.

 
No segundo dia fizemos o agendamento para fazer a trilha da Figueira e da Cachoeira do Ribeirão Branco (as duas somam 10 km), no núcleo Sete Barras, que ficava outra ponta da estrada-parque. A trilha também foi muito tranquila, pois é bem plana e leva a uma enorme figueira e depois a uma bela cachoeira.



Além das trilhas, no percurso da estrada que corta o parque é possível conhecer outras cachoeiras, nadar no rio Taquaral e conhecer alguns mirantes. Tudo isso sem guias, pois esses locais são sinalizados na estrada. Então, vale a pena fazer esse percurso com calma, ir parando e conhecendo tudo.

Inclusive, antes de chegar no Parque, na estrada de São Miguel Arcanjo para o Parque Carlos Botelho existem algumas vinícolas familiares com parreiras de uvas muito bonitas, que vale a visita. Para quem gosta, também dá para degustar os vinhos e sucos de uva produzidos ali e assim fortalecer o comércio local.


São Miguel Arcanjo ainda conta com duas áreas particulares abertas a visitação: a RPPN Parque do Zizo que estava fechada justamente no feriado que estivemos por lá e o Parque da Onça Parda, que visitamos, mas não curtimos, pois é um espaço pequeno e mais interessante para quem procura um camping.

Sobre a cidade, apesar de pequena, tem ótima estrutura com supermercados, farmácias, padarias, restaurantes e lanchonetes. O único detalhe é que tudo fecha muito cedo e aos domingos e feriados o comercio fica fechado, então é bom ficar esperto.

Para jantar gostamos muito do bistrô Dom Pedro que serve porções e sobremesas ótimas e do restaurante Daruma que tem um PF bom e barato. Se passar por lá, aproveite para experimentar o queijo tipo chancliche que é produzido na região, você encontra em algumas padarias e restaurante. Nós provamos e aprovamos.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Um mar de água doce em Alter do Chão-PA


Há muito tempo tínhamos a vontade de conhecer o Pará e quando surgiu a oportunidade de um feriado prolongado, compramos as passagens e corremos para lá. Como tínhamos poucos dias, foi necessário escolher um único destino e em meio a tudo que a Floresta Amazônica do Pará poderia nos oferecer decidimos pela Vila de Alter do Chão e não nos arrependemos.


Chegar lá não é tarefa fácil, saindo de São Paulo é preciso pegar um voo com conexão em Belém ou Manaus até Santarém. Desse pequeno aeroporto até Alter do Chão são aproximadamente 40 minutos, mas não existe ônibus direto, então, para não desperdiçar tempo,  o jeito é pegar um táxi que vai cobrar em torno de 80 reais por este trecho ou contratar o translado oferecido pelo Hostel que costuma ser um pouquinho mais barato. Mas para quem vence o desafio de chegar, a recompensa são paisagens paradisíacas e um mar de água doce que é o imenso Rio Tapajós.

Rio Tapajós
Ficamos hospedados na Pousada do Tapajós Hostel, que tem uma estrutura boa e barata. Os passeios, contratamos no próprio Hostel, o que facilitou já que por lá sempre tinha alguém a fim de dividir a diária do barco. Navegar pelo Rio Tapajós é uma experiência única, mas assistir o por do sol em uma das silenciosas praias formadas em suas margens é a melhor parte de todos os passeios.


No final do ano, com o fim da cheia do rio todas as praias aparecem, mas em agosto, quando estivemos por lá ainda tinha muita coisa encoberta. Mesmo assim, tivemos a oportunidade de curtir várias praias de água doce, com direito a areia branquinha e pequenas ondas. Essas prainhas são tão gostosas que não dá vontade de sair da água! E para ajudar tem aquele calor úmido, típico da Floresta Amazônica, que te chama para curtir um mergulho.


A Ilha do Amor, em frente à Vila, pode ser acessada por barco, que você pega na própria praça central, por cinco reais. Já os outros passeios ficam mais em conta se você contratar no Hostel, como para a linda Lagoa Verde e Floresta Encantada, Praia de Cururu etc. Adoramos o passeio no Canal do Jari que fica no Rio Amazonas. É uma oportunidade de observar bichos preguiças e  Vitórias Regias, além de outras espécies amazônicas e também conhecer o modo de vida tradicional de algumas famílias que ainda vivem de acordo com a cheia do Rio. Neste dia também conhecemos a badalada Praia de Ponta de Pedras, que tem vários quiosques na beira do Rio, apesar de bonita, não faz muito o nosso tipo.
Ilha do Amor
Vista da casa de nativo
Outro lugar que adoramos foi a Floresta Nacional do Tapajós, que é uma reserva onde guias locais levam os turistas por uma trilha para conhecer mais da Floresta Amazônica, explicando sobre plantas e bichos da região. A trilha na mata é bem tranquila leva de três a quatro horas. Depois é possível almoçar na casa de nativos e curtir as lindas e vazias prainhas que o Rio Tapajós forma em volta dessas comunidades.



São várias as opções de passeios, a cada época do ano, e todos eles valem a pena pela beleza dessa região. Alter do Chão é um paraíso de água doce que encanta qualquer viajante que goste de sol, sossego e natureza.