A nossa viagem à Chapada continuou rumo a outras cidades que
ficam no entorno do Parque Nacional. Após uma boa noite de sono em Lençóis,
acordamos, arrumamos as coisas e pegamos a estrada em direção a Palmeiras.
Essa cidade não é nada turística apesar de estar entre o Capão e as principais grutas da Chapada, mas abriga um ótimo Hostel, o Caminhos da Chapada, que usamos de pouso para revisitar as grutas da Pratinha e Azul e para conhecer a famosa Cachoeira da Fumaça.
Essa cidade não é nada turística apesar de estar entre o Capão e as principais grutas da Chapada, mas abriga um ótimo Hostel, o Caminhos da Chapada, que usamos de pouso para revisitar as grutas da Pratinha e Azul e para conhecer a famosa Cachoeira da Fumaça.
No dia seguinte seguimos rumo a Mucugê. Fizemos uma parada rápida em Andaraí para abastecer e
seguimos para Igatu, nosso primeiro destino. Mas antes, demos uma paradinha na
Toca do Morcego para comprar um daqueles adesivinhos com o morceguinho sorrindo
que já é tradicional alí e tomar um sorvete caseiro observando a Cachoeira da
Donana.
A estrada para Igatu já é um passeio à parte. Ela ainda
conserva o calçamento original de pedras e são em média sete quilômetros até a
Vilinha. Igatu, na época do garimpo, chegou a ter milhares de habitantes, hoje
conta com no máximo 200 habitantes, por isso, parte das construções da cidade
ficaram abandonadas criando as famosas “Ruinas de Igatu”.
Como a maior parte das construções são de pedras até hoje,
andar pelas ruinas é um retorno ao passado, infelizmente a cidade tem pouca
estrutura turística e é difícil achar os pontos mais interessantes, pois como
nos disse um dos moradores “aqui tem ruinas para todos os lados que você
andar”.
Mas mesmo assim vale a visita e se você gosta de tirar
fotos, esse passeio será um prato cheio. Não deixe de ir até a igreja e
percorrer o caminho para a grua, que tem um lindo visual da Serra do Sincorá.
Depois da tarde que passamos em Igatu, seguimos para Mucugê,
uma cidadezinha que conserva a arquitetura e a história da região. Além de
muito limpa e organizada, Mucugê é cercada pela bela Serra do Sincorá, que de
acordo com os locais ainda guarda muitos diamantes. Por isso, ao caminharmos
por lá encontramos algumas tocas de garimpeiros tradicionais que ainda
trabalham na região buscando manualmente algum diamante.
Para conhecer a Serra do Sincorá, contratamos um guia na
Associação de Guias da cidade e seguimos para a trilha do Cânion das Sete
Quedas e Cachoeira das Andorinhas. O caminho é tranquilo, uma parte feita pela
Serra, onde é possível curtir o belo visual da região e também conhecer o funcionamento
dos antigos garimpos manuais. E a outra parte é feita pelas pedras na margem do
rio, atravessando de um lado para o outro para acessar todas as cachoeiras e
poços. No calorão da Bahia, o banho aí é irresistível e o visual é lindo.
Mucugê ainda guarda o Projeto Sempre Viva que é uma
organização muito bacana que trabalha na preservação dos campos das sempre
vivas e também resgata no seu museu um pouco da história do garimpo na região.
E o cemitério bizantino, uma construção histórica e inusitada, também vale a
visita.
Na volta para Lenções , encontramos um restaurante na beira
da estrada, perto de Andaraí, bem gostoso e com opções vegetarianas e veganas,
chamado Kabana. Se estiver com fome, é uma ótima pedida.
Passamos mais um dia em Lenções descansando e depois
retornamos para São Paulo, mas sem muita vontade de voltar, afinal os dias que
vivemos na Chapada Diamantina foram um encanto!