Quando estivemos no Petar, ouvimos falar do Parque Estadual
Intervales, que fica entre o Parque Carlos Botelho e o Petar. E que tem um
pouquinho dos dois: cavernas, cachoeiras e muita Mata Atlântica.
Esse parque foi no passado uma colônia de férias do Banespa,
por isso, ele oferece toda uma estrutura de hospedagem antiga, mas muito
bacana, limpa e organizada. Para fazer a reserva é necessário entrar em contato
com a Fundação Florestal. Neste contato, você também já pode reservar o guia,
pois praticamente para todas as atrações é obrigatório o acompanhamento de um
guia credenciado pelo parque. A diária do guia sai R$ 50,00
Pousada Pica-Pau |
Nós ficamos na Pousada Pica Pau, pagando uma diária de R$
74,00. O Parque tinha um restaurante que hoje está fechado aguardando o
processo de licitação, então é necessário levar comida e cozinhar na cozinha
coletiva da Pousada. Inicialmente, dá uma preguiça, mas a cozinha está bem
equipada e depois descobrimos que é delicioso curtir aquele clima de natureza
saboreando uma comidinha natureba e caseirinha. E nem dá tanto trabalho assim!
O Parque oferece trilhas bacanas para a criançada e trilhas
mais interessantes para quem gosta da coisa, mas todas são de apenas um dia.
Dizem que vão liberar uma travessia Petar – Intervales de três dias, mas até o
momento nada.
No primeiro dia, como chegamos quase na hora do almoço,
fomos conhecer a Cachoeira do Mirante, que é pequena, mas tem um pocinho que dá
para se molhar e a Gruta Colorida, que não tem lá muitas cores e também é
pequena e molha os pés, pois dentro existe um pequeno rio que é preciso
atravessar.
Cachoeira do Mirante |
A trilha para chegar nessas duas atrações é curtinha e bem
tranquila.
Quando voltamos aproveitamos para caminhar nas áreas de
acesso livre do Parque. Conhecemos os lagos, as pousadas, as ruínas do
castelinho de pedra, e a piscina natural que fica atrás da casinha dos guias,
que no verão deve render um bom banho.
Castelinho |
O segundo dia, foi dedicado a conhecer as cavernas com o sr.
Faustino, um guia ótimo que mora e trabalha há muitos anos no Parque. Começamos
pela Gruta Luminosa que tem uma bela cachoeira dentro e é de fácil acesso. No
meio do dia, a luz entra na caverna conferindo um visual diferente para o
lugar.
Depois seguimos pata a Gruta dos Paiva, essa já bem maior em
extensão e com salões mais amplos. O acesso também é fácil e a trilha
tranquila. E para terminar, fomos encarar a Gruta do Fendão, a mais famosa de
Intervales.
Gruta Luminosa |
A fama provavelmente se deve ao desafio que é acessar essa
gruta, que é literalmente uma fenda dentro da terra, aberta por um rio de água geladíssima.
Todo o percurso é feito dentro da água, hora com água nos joelhos, hora com
água na cintura.
Entramos por um lado e sairmos por outro, por isso, tivemos
que nos esgueira por fendas e buracos até chegar ao final, em que subimos por
uma cachoeira dentro da caverna para encontrar a saída. Nem preciso dizer que
agente se molhou muito naquela água gelada, mas a sensação foi incrível e o
visual dentro da caverna é surpreendente. De fato, não dá para ir à Intervales
e não conhecer a Gruta do Fendão.
Cachoeira do Arcão |
No último dia o nosso roteiro foi conhecer a Cachoeira do
Arcão, que é muito linda. O rio corta uma pedra e forma um arco em volta da
cachoeira, um visual realmente incrível.
A trilha é bem íngreme, mas é bem curta, por isso, depois aproveitamos
para conhecer a Cachoeira da Água Comprida que fica quase na beira da estrada.
Essa é pequena e bem tranquila, boa para quem quer tomar um banho.
A tranquilidade, organização e comodidade de Intervales nos
conquistaram, então em breve vamos retornar para conhecer as outras cachoeiras
e cavernas e curtir mais um pouco o som dos passarinhos que fizeram a nossa
trilha sonora por lá. Aguardem os próximos posts!