Há muito tempo tínhamos a vontade de conhecer o Pará e
quando surgiu a oportunidade de um feriado prolongado, compramos as passagens e
corremos para lá. Como tínhamos poucos dias, foi necessário escolher um único
destino e em meio a tudo que a Floresta Amazônica do Pará poderia nos oferecer
decidimos pela Vila de Alter do Chão e não nos arrependemos.
Chegar lá não é tarefa fácil, saindo de São Paulo é preciso
pegar um voo com conexão em Belém ou Manaus até Santarém. Desse pequeno
aeroporto até Alter do Chão são aproximadamente 40 minutos, mas não existe
ônibus direto, então, para não desperdiçar tempo, o jeito é pegar um táxi que vai cobrar em
torno de 80 reais por este trecho ou contratar o translado oferecido pelo Hostel
que costuma ser um pouquinho mais barato. Mas para quem vence o desafio de
chegar, a recompensa são paisagens paradisíacas e um mar de água doce que é o
imenso Rio Tapajós.
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Rio Tapajós |
Ficamos hospedados na Pousada do Tapajós Hostel, que tem uma
estrutura boa e barata. Os passeios, contratamos no próprio Hostel, o que
facilitou já que por lá sempre tinha alguém a fim de dividir a diária do barco.
Navegar pelo Rio Tapajós é uma experiência única, mas assistir o por do sol em
uma das silenciosas praias formadas em suas margens é a melhor parte de todos
os passeios.
No final do ano, com o fim da cheia do rio todas as praias
aparecem, mas em agosto, quando estivemos por lá ainda tinha muita coisa
encoberta. Mesmo assim, tivemos a oportunidade de curtir várias praias de água
doce, com direito a areia branquinha e pequenas ondas. Essas prainhas são tão
gostosas que não dá vontade de sair da água! E para ajudar tem aquele calor
úmido, típico da Floresta Amazônica, que te chama para curtir um mergulho.
A Ilha do Amor, em frente à Vila, pode ser acessada por
barco, que você pega na própria praça central, por cinco reais. Já os outros
passeios ficam mais em conta se você contratar no Hostel, como para a linda
Lagoa Verde e Floresta Encantada, Praia de Cururu etc. Adoramos o passeio no
Canal do Jari que fica no Rio Amazonas. É uma oportunidade de observar bichos
preguiças e Vitórias Regias, além de
outras espécies amazônicas e também conhecer o modo de vida tradicional de
algumas famílias que ainda vivem de acordo com a cheia do Rio. Neste dia também
conhecemos a badalada Praia de Ponta de Pedras, que tem vários quiosques na
beira do Rio, apesar de bonita, não faz muito o nosso tipo.
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Ilha do Amor |
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Vista da casa de nativo |
Outro lugar que adoramos foi a Floresta Nacional do Tapajós,
que é uma reserva onde guias locais levam os turistas por uma trilha para
conhecer mais da Floresta Amazônica, explicando sobre plantas e bichos da
região. A trilha na mata é bem tranquila leva de três a quatro horas. Depois é
possível almoçar na casa de nativos e curtir as lindas e vazias prainhas que o
Rio Tapajós forma em volta dessas comunidades.
São várias as opções de passeios, a cada época do ano, e
todos eles valem a pena pela beleza dessa região. Alter do Chão é um paraíso de
água doce que encanta qualquer viajante que goste de sol, sossego e natureza.
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