segunda-feira, 16 de junho de 2014

Último dia no Pati e o lindo Vale do Capão

No dia seguinte acordamos cedo para a volta. Depois de um café reforçado e despedidas, colocamos o pé na trilha e, mesmo sem vontade de ir, seguimos para as Gerais para fazer a subida do mirante. 
Pati (cedinho)
Decidimos fazer a volta pelo Vale do Capão, ao invés de retornar por Guiné. São em média 24km de caminhada, mas o visual é inusitado. O sol judia, mas o lugar compensa.


Subida das Gerais
 
 O trecho mais difícil, sem dúvida, é a subida das Gerais, até alcançar o mirante. Se descer não foi fácil, imagina subir depois 4 dias de esforço intenso. Os joelhos já estavam acabados e esse tal de Dorflex, só fazia cocegas no último dia, mas encaramos a subida pedregosa e ao chegar ao topo fomos recompensados por um lindo céu azul e a nossa última visão do Vale do Pati.
Mirante
Depois de descansarmos um pouco, tirar as últimas fotos e se despedir do Pati, seguimos sobre o platô para alcançar o Vale do Capão. No fim do platô começamos a descer e avistar um pouquinho do que seria a vista das nossas próximas horas: um lindo vale quase plano e descampado, enquadrado por enormes morros da Chapada Diamantina.

O nome Capão tem tudo haver com lugar, pois andamos horas cercados apenas de vegetação rasteira e para o nosso azar, nenhuma sombra. Contudo, apesar disso, foi um experiência e incrível estar no meio daquela vastidão, sem ver o fim do caminho.
Passamos por alguns riozinhos onde pudemos tomar um pouco de água fresca para seguir. No fim do Vale você entra na trilha para a Vila do Capão e cruza a trilha que segue para a Cachoeira da Purificação. A partir daí, cruzamos dois rios aonde é possível até tomar um banho para repor as energias.


Vale do Capão
No fim da trilha, ao chegar à estrada para a Vila do Capão, para comemorar, comemos um delicioso pastel de jaca com uma cervejinha bem gelada, na casa de uma senhora que mora ali na beira do Rio mesmo e fatura com trilheiros esfomeados como nós que passam por aí. Foi o melhor pastel de Jaca que comemos no Capão, seja por estar bem sequinho e temperado, seja por ter um gostinho especial de desafio vencido depois do retorno do Pati.
Neste ponto da estrada de terra para o Capão o carro contratado pelo Flor, nosso guia, nos esperava e voltamos exaustos para Lençóis.
Com certeza, esses dias no Vale do Pati foram uma experiência mágica e apesar do esforço físico, foi muito recompensadora por todas as paisagens que vimos, todas as pessoas que conhecemos e todas as experiências que vivemos. Um dia agente ainda volta para lá!

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