segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Enfim, bem-vindos a Cachoeira do Tabuleiro!

O grande objetivo da travessia Lapinha x Tabuleiro é alcançar por cima a grandiosa Cachoeira do Tabuleiro e esse foi o roteiro do nosso segundo dia de caminhada (veja como foi o primeiro dia no post anterior).
Mirante
 A partir do nosso ponto de apoio, a casa do Sr. José e Dona Maria, a trilha para a Cachoeira é tranquila, só descida. O que significaria uma volta um pouco mais sofrida, afinal teria muitas subidas pela frente. O tempo feio de manhã nos deixou desanimados, com medo da neblina que atrapalharia a vista da queda d’agua, mas conforme seguíamos pela trilha, o tempo foi limpando e chegamos ao mirante já com o tempo aberto.


A Cachoeira do Tabuleiro é a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil com seus 273 metros de altura. De uma beleza impressionante, a o rio ainda forma belos cânions na parte alta que rendem deliciosos banhos e “hidromassagens” naturais.


Quando chegamos à base da Cachoeira, além do visual deslumbrante da queda, tivemos também duas grandes surpresas. Primeiro um show de um revoada de Andorinhas que brincavam no ar, envolta da queda d’agua e depois a chegada de uma turma do Canal Off, que estava gravando o salto de base jump de quatro paraquedistas, para o Programa Abismo.



Nós nos divertimos assistindo a gravação e os saltos da galera, cachoeira abaixo. Depois ficamos até o final do dia curtindo as quedas d’aguas e poços formados ao logo do curso do rio.



No último dia, acordamos cedo, nos despedimos do pessoal e seguimos para a parte baixa da cachoeira do Tabuleiro que é a área mais visitada pelos turistas.

Como para acessar a parte de baixo é necessário passar pela portaria do Parque, são cobrados 10 reais por visitante. Meio estranho, já que já estávamos dentro da área do Parque, mas ok. Pagamos e seguimos a trilha para o poço.


Há quem prefira a parte baixa, mas para nós, poder admirar esse monumento da natureza por cima foi a melhor parte da travessia. Como o tempo não estava muito bom, não ficamos muito e logo encaramos a subida de volta a portaria e a estradinha até a pequena Vila de Tabuleiro. Como o ônibus da Vila para a rodoviária de Conceição do Mato Dentro -MG só iria passar no dia seguinte, pernoitamos no Tabuleiro Eco Hostel que é bem bacaninha.

Fique atento que esse ônibus de Tabuleiro para Conceição só passa alguns dias da semana e apenas no período da manhã. Então, se informe no Hostel para programar a sua viagem. Essa região é bem precária em termos de transporte público e os taxistas “enfiam a faca” nos turistas.

Fazer essa travessia foi uma experiência muito especial e apesar dos custos de passagem e guia no feriado, valeu a pena. Minas Gerais é um estado muito acolhedor e cheio de belezas que vamos descobrindo a cada visita.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Travessia Lapinha x Tabuleiro

O plano inicial era aproveitar o feriado de novembro para fazer a travessia Petrópolis x Teresópolis, mas a um mês da viagem o Parque Nacional da Serra dos Órgãos pegou fogo. E a queimada foi tão intensa que a trilha foi interditada por tempo indeterminado. Então, rapidamente, tivemos que mudar os planos e resolvemos tentar a travessia Lapinha x Tabuleiro em Minas.

Buscando na internet encontramos o Bruno da Bambo Aventura (www.bambuaventura.com.br) guia experiente na travessia para nos acompanhar, mas que nos cobrou uma grana pelo passeio, pois não havia grupo formado para este período, já que o feriado era apenas em São Paulo.

Fomos de avião até Belo Horizonte e de lá pegamos um ônibus daqueles que vão pingando de cidade em cidadezinha até Santana do Riacho, a partir daí são 11 km de estrada de terra até Lapinha da Serra, mas não existe transporte público neste trecho, então o jeito é pegar um táxi. Como já tínhamos fechado o guia, como cortesia, ele nos buscou em Santana do Riacho e nos deixou em uma pequena pousada onde passamos a noite na Lapinha.
Café da Manhã no Camping
No dia seguinte, tomamos um ótimo café da manhã no Camping ao lado e colocamos o pé na trilha. A subida da Serra da Lapinha é tranquila e de um visual belíssimo. A Serra tem pouca vegetação, mas as formações rochosas compõe um visual diferenciado.

Inicio da Trilha
Cada trecho da Serra recebe um nome e são cortados por pequenos riachos ondem é possível pegar água limpa e até se molhar um pouquinho para se refrescar do calor intenso que faz em novembro. Como caminhamos por pastos e na crista da Serra, onde não há vegetação, o sol judiou um pouco, mas a paisagem é um presente a cada monte que se atravessa.


No meio da tarde chegamos a casinha da Dona Maria e sr. José, que foi o nosso ponto de apoio na travessia. Alugamos um quarto na casa deles para as duas noites (50 reais cada) e fechamos janta (20 reais cada) e café da manhã (10 reais cada) para o período. Tudo era muito simples, mas gostoso e aconchegante.

Casinha da Dona Maria e Sr. José
Pelo caminho, muitas placas indicam a casa de Dona Ana Benta como ponto de apoio, mas o que a maioria dos trilheiros não sabe é que ela não esta mais morando ali, assim, quem pega esse caminho já tradicional na travessia fica desamparado. Então, se você encarar essa travessia sem guia, informe-se antes sobre os pontos de apoio.
Árvore da Preguiça
Depois de uma deliciosa comidinha mineira orgânica, um céu estrelado e um dedinho de proza como os moradores do lugar, fomos dormir para nos preparar para o segundo dia de caminhada, que seria mais longo e emocionante, pois alcançaríamos a cachoeira do Tabuleiro por cima.