segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Comer, caminhar e se molhar em Intervales - SP

Quando estivemos no Petar, ouvimos falar do Parque Estadual Intervales, que fica entre o Parque Carlos Botelho e o Petar. E que tem um pouquinho dos dois: cavernas, cachoeiras e muita Mata Atlântica.


Esse parque foi no passado uma colônia de férias do Banespa, por isso, ele oferece toda uma estrutura de hospedagem antiga, mas muito bacana, limpa e organizada. Para fazer a reserva é necessário entrar em contato com a Fundação Florestal. Neste contato, você também já pode reservar o guia, pois praticamente para todas as atrações é obrigatório o acompanhamento de um guia credenciado pelo parque. A diária do guia sai R$ 50,00

Pousada Pica-Pau
Nós ficamos na Pousada Pica Pau, pagando uma diária de R$ 74,00. O Parque tinha um restaurante que hoje está fechado aguardando o processo de licitação, então é necessário levar comida e cozinhar na cozinha coletiva da Pousada. Inicialmente, dá uma preguiça, mas a cozinha está bem equipada e depois descobrimos que é delicioso curtir aquele clima de natureza saboreando uma comidinha natureba e caseirinha. E nem dá tanto trabalho assim!


O Parque oferece trilhas bacanas para a criançada e trilhas mais interessantes para quem gosta da coisa, mas todas são de apenas um dia. Dizem que vão liberar uma travessia Petar – Intervales de três dias, mas até o momento nada.

No primeiro dia, como chegamos quase na hora do almoço, fomos conhecer a Cachoeira do Mirante, que é pequena, mas tem um pocinho que dá para se molhar e a Gruta Colorida, que não tem lá muitas cores e também é pequena e molha os pés, pois dentro existe um pequeno rio que é preciso atravessar.

Cachoeira do Mirante

A trilha para chegar nessas duas atrações é curtinha e bem tranquila.

Quando voltamos aproveitamos para caminhar nas áreas de acesso livre do Parque. Conhecemos os lagos, as pousadas, as ruínas do castelinho de pedra, e a piscina natural que fica atrás da casinha dos guias, que no verão deve render um bom banho.

Castelinho
O segundo dia, foi dedicado a conhecer as cavernas com o sr. Faustino, um guia ótimo que mora e trabalha há muitos anos no Parque. Começamos pela Gruta Luminosa que tem uma bela cachoeira dentro e é de fácil acesso. No meio do dia, a luz entra na caverna conferindo um visual diferente para o lugar.

Depois seguimos pata a Gruta dos Paiva, essa já bem maior em extensão e com salões mais amplos. O acesso também é fácil e a trilha tranquila. E para terminar, fomos encarar a Gruta do Fendão, a mais famosa de Intervales.

Gruta Luminosa
A fama provavelmente se deve ao desafio que é acessar essa gruta, que é literalmente uma fenda dentro da terra, aberta por um rio de água geladíssima. Todo o percurso é feito dentro da água, hora com água nos joelhos, hora com água na cintura.


Entramos por um lado e sairmos por outro, por isso, tivemos que nos esgueira por fendas e buracos até chegar ao final, em que subimos por uma cachoeira dentro da caverna para encontrar a saída. Nem preciso dizer que agente se molhou muito naquela água gelada, mas a sensação foi incrível e o visual dentro da caverna é surpreendente. De fato, não dá para ir à Intervales e não conhecer a Gruta do Fendão.

Cachoeira do Arcão
No último dia o nosso roteiro foi conhecer a Cachoeira do Arcão, que é muito linda. O rio corta uma pedra e forma um arco em volta da cachoeira, um visual realmente incrível.  A trilha é bem íngreme, mas é bem curta, por isso, depois aproveitamos para conhecer a Cachoeira da Água Comprida que fica quase na beira da estrada. Essa é pequena e bem tranquila, boa para quem quer tomar um banho.


A tranquilidade, organização e comodidade de Intervales nos conquistaram, então em breve vamos retornar para conhecer as outras cachoeiras e cavernas e curtir mais um pouco o som dos passarinhos que fizeram a nossa trilha sonora por lá. Aguardem os próximos posts!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Golfinhos e Cachoeiras na Ilha do Cardoso

Feriado à vista, hora de buscar um novo destino!
Como o tempo ainda estava bom, em maio resolvemos variar dessa vez e ir para praia. Destino escolhido: Ilha do Cardoso!
Ilha do Cardoso
Para quem não sabe a Ilha do Cardoso é uma Parque Estadual com 151 quilômetros de extensão na divisa de São Paulo com o Paraná. Para chegar a esta área protegida é necessário ir até Cananeia, deixar o carro em alguma rua ou estacionamento e pegar um barco.
Caminho pra Praia
Na temporada, algumas escunas fazem o percurso a um preço mais acessível, mas em finais de semana normais e feriados menos concorridos é necessário pegar uma voadora para chegar a Ilha. Os pilotos cobram em média R$150 reais para o trajeto ida e volta. Para economizar ficamos lá no píer fazendo hora para ver se chegava mais alguém para rachar esse custo. Logo apareceu um casal e seguimos caminho agora pelo mar.
O percurso dura em média trinta minutos, mas o mais bacana é passar pela “baia dos golfinhos”, onde é muito difícil não avistar um desses lindos animais marinhos. Nós vimos vários, tanto na ida quanto na volta.
Golfinhos
Ficamos hospedados na Pousada Ilha do Cardoso, no Maruja. A pousada é bem simples, mas tem banho quente a gás e uma lâmpada que funciona a noite, pois na Ilha não há energia elétrica e tudo dependente de gerador. Então, se pretende ir para lá leve sua lanterna!
Achamos o valor da diária um assalto, mas, por ser feriado todas, as pousadas por lá cobram preços abusivos, então outra dica é ir nos finais de semana normais ou levar a sua barraca e acampar, pois o camping com direito a banho quente é baratinho.
Pousada Ilha do Cardoso
A Ilha é linda, as praias são encantadoras e limpíssimas. A vilinha do Marujá também é bem charmosa, mas prepare-se para gastar, só há dois restaurantes por alí que cobram uma grana por um PF básico e pagamento é só dinheiro.
No primeiro dia ficamos na praia do Marujá só curtindo o sol e o mar, mas no segundo dia fomos à Associação de Monitores da Ilha e fizemos um passeio que eles chamam de Cachoeira Grande. Cachoeira nem é tão grande assim. Depois de um percurso de 15 minutos de barco pegamos uma trilhazinha até o ponto onde o rio forma um poço  com uma queda de água que rende um banho gelado.
Cachoeira "Grande"
No outro dia fomos conhecer os que eles chamam por lá de Piscinas. Para chegar é necessário andar até o final da praia do Maruja, atravessar pelas pedras para a praia do Fole e andar até quase o final dessa praia. Depois é entrar na trilha e andar mais uns dois quilômetros. No final são muitos quilômetros andando pela praia no solão e poucos na trilha, mas o destino vale a pena. As piscinas que a cachoeira forma são lindas e rendem um banho delicioso de água doce,  cristalina e cheia de peixinhos
Caminho para as Piscinas
Piscinas
Existem outros passeios oferecidos pelos moradores, mas todos são feitos de barco e dessa vez não tivemos tempo suficiente de fazer para faze-los. A volta a terra firme foi de voadora também, pois combinamos o ponto e horário para que ele pudesse nos buscar.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Mucugê, Igatu e outras andanças pela Chapada Diamantina-BA

A nossa viagem à Chapada continuou rumo a outras cidades que ficam no entorno do Parque Nacional. Após uma boa noite de sono em Lençóis, acordamos, arrumamos as coisas e pegamos a estrada em direção a Palmeiras.

Essa cidade não é nada turística apesar de estar entre o Capão e as principais grutas da Chapada, mas abriga um ótimo Hostel, o Caminhos da Chapada, que usamos de pouso para revisitar as grutas da Pratinha e Azul e para conhecer a famosa Cachoeira da Fumaça.

No dia seguinte seguimos rumo a Mucugê. Fizemos uma parada rápida em Andaraí para abastecer e seguimos para Igatu, nosso primeiro destino. Mas antes, demos uma paradinha na Toca do Morcego para comprar um daqueles adesivinhos com o morceguinho sorrindo que já é tradicional alí e tomar um sorvete caseiro observando a Cachoeira da Donana.

A estrada para Igatu já é um passeio à parte. Ela ainda conserva o calçamento original de pedras e são em média sete quilômetros até a Vilinha. Igatu, na época do garimpo, chegou a ter milhares de habitantes, hoje conta com no máximo 200 habitantes, por isso, parte das construções da cidade ficaram abandonadas criando as famosas “Ruinas de Igatu”.



Como a maior parte das construções são de pedras até hoje, andar pelas ruinas é um retorno ao passado, infelizmente a cidade tem pouca estrutura turística e é difícil achar os pontos mais interessantes, pois como nos disse um dos moradores “aqui tem ruinas para todos os lados que você andar”.


Mas mesmo assim vale a visita e se você gosta de tirar fotos, esse passeio será um prato cheio. Não deixe de ir até a igreja e percorrer o caminho para a grua, que tem um lindo visual da Serra do Sincorá.

Depois da tarde que passamos em Igatu, seguimos para Mucugê, uma cidadezinha que conserva a arquitetura e a história da região. Além de muito limpa e organizada, Mucugê é cercada pela bela Serra do Sincorá, que de acordo com os locais ainda guarda muitos diamantes. Por isso, ao caminharmos por lá encontramos algumas tocas de garimpeiros tradicionais que ainda trabalham na região buscando manualmente algum diamante.


Para conhecer a Serra do Sincorá, contratamos um guia na Associação de Guias da cidade e seguimos para a trilha do Cânion das Sete Quedas e Cachoeira das Andorinhas. O caminho é tranquilo, uma parte feita pela Serra, onde é possível curtir o belo visual da região e também conhecer o funcionamento dos antigos garimpos manuais. E a outra parte é feita pelas pedras na margem do rio, atravessando de um lado para o outro para acessar todas as cachoeiras e poços. No calorão da Bahia, o banho aí é irresistível e o visual é lindo.


Mucugê ainda guarda o Projeto Sempre Viva que é uma organização muito bacana que trabalha na preservação dos campos das sempre vivas e também resgata no seu museu um pouco da história do garimpo na região. E o cemitério bizantino, uma construção histórica e inusitada, também vale a visita.

Na volta para Lenções , encontramos um restaurante na beira da estrada, perto de Andaraí, bem gostoso e com opções vegetarianas e veganas, chamado Kabana. Se estiver com fome, é uma ótima pedida.

Passamos mais um dia em Lenções descansando e depois retornamos para São Paulo, mas sem muita vontade de voltar, afinal os dias que vivemos na Chapada Diamantina foram um encanto!




segunda-feira, 16 de junho de 2014

Último dia no Pati e o lindo Vale do Capão

No dia seguinte acordamos cedo para a volta. Depois de um café reforçado e despedidas, colocamos o pé na trilha e, mesmo sem vontade de ir, seguimos para as Gerais para fazer a subida do mirante. 
Pati (cedinho)
Decidimos fazer a volta pelo Vale do Capão, ao invés de retornar por Guiné. São em média 24km de caminhada, mas o visual é inusitado. O sol judia, mas o lugar compensa.


Subida das Gerais
 
 O trecho mais difícil, sem dúvida, é a subida das Gerais, até alcançar o mirante. Se descer não foi fácil, imagina subir depois 4 dias de esforço intenso. Os joelhos já estavam acabados e esse tal de Dorflex, só fazia cocegas no último dia, mas encaramos a subida pedregosa e ao chegar ao topo fomos recompensados por um lindo céu azul e a nossa última visão do Vale do Pati.
Mirante
Depois de descansarmos um pouco, tirar as últimas fotos e se despedir do Pati, seguimos sobre o platô para alcançar o Vale do Capão. No fim do platô começamos a descer e avistar um pouquinho do que seria a vista das nossas próximas horas: um lindo vale quase plano e descampado, enquadrado por enormes morros da Chapada Diamantina.

O nome Capão tem tudo haver com lugar, pois andamos horas cercados apenas de vegetação rasteira e para o nosso azar, nenhuma sombra. Contudo, apesar disso, foi um experiência e incrível estar no meio daquela vastidão, sem ver o fim do caminho.
Passamos por alguns riozinhos onde pudemos tomar um pouco de água fresca para seguir. No fim do Vale você entra na trilha para a Vila do Capão e cruza a trilha que segue para a Cachoeira da Purificação. A partir daí, cruzamos dois rios aonde é possível até tomar um banho para repor as energias.


Vale do Capão
No fim da trilha, ao chegar à estrada para a Vila do Capão, para comemorar, comemos um delicioso pastel de jaca com uma cervejinha bem gelada, na casa de uma senhora que mora ali na beira do Rio mesmo e fatura com trilheiros esfomeados como nós que passam por aí. Foi o melhor pastel de Jaca que comemos no Capão, seja por estar bem sequinho e temperado, seja por ter um gostinho especial de desafio vencido depois do retorno do Pati.
Neste ponto da estrada de terra para o Capão o carro contratado pelo Flor, nosso guia, nos esperava e voltamos exaustos para Lençóis.
Com certeza, esses dias no Vale do Pati foram uma experiência mágica e apesar do esforço físico, foi muito recompensadora por todas as paisagens que vimos, todas as pessoas que conhecemos e todas as experiências que vivemos. Um dia agente ainda volta para lá!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Morro do Castelo e o Cachoeirão do Pati

Enfim, chegou a hora de conhecermos o Morro do Castelo! A subida não é nada simples e nos pareceu a subida mais cansativa que fizemos no Pati. Não é impossível, mas vá se preparando psicologicamente para o desafio. Contudo, a vista lá de cima compensa e muito o esforço.
Cachoeira do Funil
Decidimos começar esse dia conhecendo a Cachoeira do Funil que rende um bom banho gelado. Lanchamos e fomos encarar o Castelo. A subida é bem íngreme com muitas pedras e quando você pensa que está acabando, aparece mais subida. Na base é preciso atravessar uma caverna onde é necessário o uso de lanterna e talvez blusa se você for friorento, pois dentro é bem gelado e escuro.
Saída da Caverna
Depois é só subir mais um pouquinho e lá está a maravilhosa vista do Vale do Pati com suas montanhas e depressões. Tivemos sorte e pegamos um céu bem aberto e azul, mas por conta da descida que nos esperava resolvemos não ficar para esperar o por do sol, que deve ser lindo lá de cima.
Vista do Vale do Pati (em cima do Castelo)
No terceiro dia no Vale, fomos conhecer o Cachoeirão, outro cartão postal da região. A queda é muito maior que a da Cachoeira da Fumaça e a paisagem no entorno é estonteante. São diversas quedas que podem ser observadas de dois pontos quando acessada por cima e são tão altas que nem cabem na foto, só os olhos podem registar mesmo.
Cachoeirão
A trilha para o Cachoeirão  é relativamente tranquila, já que boa parte dela é feita por um platô, o que judiou foi o sol da Bahia que não deu trégua em nenhum momento. Na volta, resolvemos voltar por outro caminho para curtir o visual, conhecido com “A Fenda”.
Vista do Vale (Cachoeirão lado oposto)
A descida é bem íngreme e feita na maior parte em mata fechada, então é menos sol na moleira, mas mais limo no chão! O visual é lindo e vale o esforço.
Fenda
Ao retornar à casa do André para a última noite no Pati enfrentamos mais um banho gelado e esquentamos o estomago com mais um banquete quentinho preparado pelo Flor no fogão a lenha. As noites no Pati são bem frias, por incrível que possa parecer, então, blusa e cobertor são indispensáveis por lá. 
Janta no fogão a lenha
E cuidado com as aranhas, pois uma resolveu ir dormir dentro da minha calça que estava pendurada na parede, imagina a emoção! Sorte que quando estou no mato, sempre sacudo tudo antes de vestir.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O Mágico Vale do Pati

Planejando esta viagem para a Chapada Diamantina, já tínhamos o objetivo de fazer a trilha do Pati, que geralmente tem duração de 4 dias. Conversando com uma amiga que já tinha feito este roteiro recebemos a indicação de um guia chamado Flor (flortrekking@hotmail.com), que de acordo com essa amiga era o melhor guia da Chapada. Enviamos e-mail para o Flor, antes de sair da Sampa, combinamos tudo e lá fomos nós.

Iniciamos a trilha por Guiné-BA, mas ela também pode ter inicio no Vale do Capão. Fomos com o grupo em um carro contratado pelo Flor de Lenções para Guiné e depois de uma parada estratégica em Palmeiras para comprar alimentos, o carro nos deixo no inicio da trilha.

Com as cargueiras carregadas com tudo para os próximos 4 dias, começamos a subida da Serra do Aleixo. Depois da primeira subida seguimos sobre o platô até chegar a um pequeno rio, chamado Rio Preto, onde paramos para lanchar e nos refrescar. No inicio da tarde chegamos ao Mirante do Pati  de onde se tem uma vista deslumbrante do Vale. Só esse visual já valeu a caminhada, mas quando começamos a descida do mirante vimos que ainda tinha muito mais.

Depois da descida pesada seguimos o caminho para casa do André Pereira, onde ficaríamos hospedados. O André é um rapaz muito bacana, que construiu sua própria casa com tijolos de adobe e hoje aluga “colchões” para quem se aventura no Pati.  Ele é filho da primeira geração de moradores do Vale, que chegaram à região para plantar café. Contudo, com a transformação das terras em área de conservação, muitos saíram do de lá ou começaram a trabalhar com o turismo, como fez a família do André.


No Pati, nem todas as casa tem energia elétrica e a do André é uma dessas. Sem luz, fogão à lenha, chão de terra batia e banho frio o “Alto do Luar”, como ele denomina sua “pousada”,
  é de um chame só e fica em um lugar maravilhoso em que a noite  a lua fica enquadrada nas montanhas da Chapada. Nem preciso dizer que adoramos ficar lá as três noites que dormimos dentro do Vale.


No dia seguinte acordamos cedo e tomamos um baita café preparado pelo Flor, que pilota com maestria o fogão a lenha, fazendo até pão caseiro! E colocamos o pé na trilha para subir o Morro do Castelo.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

De volta à Chapada Diamantina

Há cinco anos passamos uma semana na Chapada Diamantina, Bahia. Foi uma viagem muito especial a um dos lugares mais bacanas que conhecemos, mas o tempo foi curto e ficamos com aquele gostinho de quero mais no final.

Lençóis
Então, esse ano, resolvemos voltar à Chapada para fazer a trilha do Vale do Pati e conhecer alguns lugares que não tivemos a oportunidade de conhecer da primeira vez, como a Cachoeira da Fumaça e as ruínas de Igatu.

Dessa vez, para ganhar mais mobilidade e tempo, optamos por alugar um carro para Salvador. A estrada de Salvador para Lenções estava bem ruim por conta de obras na pista, por isso, gastamos quase 7 horas neste percurso, mas enfim chegamos na Chapada!

O primeiro destino foi a cidade de Lenções. Ficamos hospedados na Pousada mais em conta que encontramos, que foi a Pousada do Parque, na entrada da cidade. Mas já adianto que as instalações lá são meio mais ou menos, só a piscina que vale a pena mesmo, mas como foi a mais em conta ok.

Cachoeira do Sossego
Nossa primeira trilha foi a Cachoeira do Sossego, que é acessada por uma trilha que começa ainda na cidade. É possível começar a subida pelo Ribeirão do Meio ou pegar a trilha mais em cima, que foi o que fizemos. Para isso, suba por trás do Hotel Lenções e siga as placas até o inicio da trilha. Para quem tem um pouco mais de experiência dá para fazer tranquilo a trilha sem a condução de um guia, mas se não é este o seu caso, contrate um condutor na cidade, pois a trilha não é bem sinalizada e é necessário cruzar o rio em alguns pontos específicos para acessar a cachoeira.


Nós formos por conta mesmo e com um pouco de persistência e as dicas das pessoas que encontramos no caminho conseguimos chegar a essa linda cachoeira. A trilha exige um certo esforço físico, pois a maior parte dela é feita sobre as pedras nas margens do rio. Existe uma encosta no alto à esquerda em que é possível subir e sentar de frente para cachoeira para contemplar esse monumento da natureza.

No dia seguinte o nosso destino seria o Vale do Pati. Antes de sair de São Paulo já tínhamos fechado essa trilha com um guia que nos foi indicado por uma amiga, assim como o transporte até o inicio da trilha na cidade de Guiné e todos os outros detalhes para vivermos essa grande experiência.

Inicio da trilha para o Vale do Pati por Guiné
No próximo post contaremos tudo sobre esses quatro dias que passamos dentro do parque curtindo o mágico Vale do Pati!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

As Agulhas Negras – Itatiaia/RJ

Não faz muito tempo que estivemos em Itatiaia, quase na divisa de São Paulo com o Rio, para conhecer a parte baixa do Parque Nacional do Itatiaia. Por lá é possível visitar diversas cachoeiras e conhecer um pouquinho mais da história do primeiro parque nacional do Brasil.

Nem preciso dizer que super vale a visita, são trilhas leves e um museu bem organizado. Um bom lugar, com estrutura, para levar as crianças para aprenderem um pouco mais sobre a nossa Mata Atlântica.
Contudo, o tema do nosso post é outro, o que eles chamam por lá de parte alta do parque, onde o bicho pega, ou melhor, onde literalmente se sobe as montanhas! E que montanhas!
Pico das Agulhas Negras
O Pico mais alto do parque são as Agulhas Negras que, óbvio, virou o destino da nossa viagem. Este é o quinto pico mais alto do Brasil e para alcançar o cume é preciso usar equipamentos e técnicas de escalada.
Destino escolhido, objetivo traçado e data escolhida: feriado de carnaval. Colocamos o pé na estrada e nos hospedamos na cidade de Penedo – RJ, pois a pequena Itamonte-MG estava lotada por conta do carnaval.
Pela internet pegamos a lista de guias credenciados ao parque no site do ICMBIO, conversamos com alguns, mas sentimos firmeza mesmo com a Ingrid e o Evandro (24 98122-7873 - montanhasdoitatiaia@outlook.com) e lá formos nós.
Pico das Prateleiras
Como tínhamos dois dias disponíveis começamos com o Pico das Prateleiras, que tem esta denominação por conta das posições das pedras no topo. A subida é tranquila até a base, depois é seguir o trepa  pedra e alcançar o cume com a ajuda de uma corda, pois existe uma grande pedra bem íngreme para transpor. A vista lá de cima é linda. Dá para ver o vale embaixo e alguns outros picos do Parque.
Na volta, caminhamos entre as montanhas para ir até a Pedra da Tartaruga e da Maça, o visual também é lindo e vale a pena fazer esse passeiozinho.
Vale / Pedra da Tartaruga
No dia seguinte, depois do treinozinho nas Prateleiras, chegou a hora da verdade, fomos subir as Agulhas Negras! E que subida! O caminho não é nada fácil, são muitas pedras e uma subida bem íngreme. Depois tem duas rampas, que haja folego! Mas a visão de lá é recompensadora.

Para alcançar o cume existem dois trechos em que é necessário usar técnicas de escalada e equipamento, por isso, a importância te estar com guias preparados e responsáveis. E para chegar ao livro de cume também, então é tão simples, mas vale a pena! O Parque é lindo e visão é recompensadora, nem dá vontade de descer.


Retornamos debaixo de uma bela chuva, mas mesmo voltando para casa enlameados e molhados, chegamos felizes e com aquele gostinho de quero mais. Logo mais voltaremos à parte alta do Parque para fazer outras trilhas: Morro do Couto, Asa do Hermes, Cachoeira Aiuroca e muito mais, aguardem os próximos posts!

domingo, 30 de março de 2014

Ano Novo na tranquilidade da Bocaina


O fim do ano estava chegando e procurávamos um lugar tranquilo para curtirmos a virada do ano. Quando recebemos um e-mail da Pousada da Floresta na Serra da Bocaina onde já tínhamos estado no carnaval, como vocês podem ver no post “Quatro dias na Serra da Bocaina”. E pensamos, porque não? E lá fomos nós!


Luna
Não vamos repetir aqui todos os detalhes da Pousada ou das trilhas que fizemos no Parque Nacional da Serra da Bocaina, porque tudo isso já foi dito no post anterior, mas gostaria de registrar os detalhes de duas trilhas novas que fizemos nessa oportunidade: Mirante do Sobrado e Riacho Verde.

A trilha para o Riacho Verde é feita em meio à mata e tem aproximadamente cinco quilômetros. No final é possível se refrescar em uma pequena queda d’agua muito gelada. Mas a trilha que mais gostamos mesmo nesta viagem foi a do Mirante do Sobrado.



São pouco mais de dois quilômetros de subida, mas a vista lá encima da Serra da Bocaina é muito linda! Esse local é usado pela brigada do Parque para monitorar possíveis focos incêndio na mata, pois possibilita uma visão bem ampla da área do Parque Nacional. Vale muito a pena a subida para ficar lá encima só contemplando....


Mirante do Sobrado