O tal Jalapão, no Tocantins
Continuando
a nossa viajem, depois de passar dias lindos na Chapada das Mesas, seguimos para
Ponte Alta do
Tocantins, a fim de conhecer o tal de
Jalapão.
Para chegar
lá, pegamos na rodoviária de Carolina-MA um ônibus com destino a Palmas, capital
do Tocantins. Em Palmas, utilizamos um microônibus da empresa Grande Rio (63
3224-4607) para chegar à rodoviária de Ponte Alta do Tocantins-TO.
| Jalapão |
Para
facilitar resolvemos passar as noites seguintes na Pousada da Dona Lázara
(Pousada Planalto), mas não foi uma boa troca. A hospedagem lá é mais cara, os
quartos não têm a limpeza adequada e o café da manhã é péssimo, mas como já
estávamos lá com mala e tudo acabamos ficando por pura preguiça. Entretanto,
fica registrado que não recomendamos rs...
Optamos por
fazer o roteiro de três dias pelo Parque Estadual do Jalapão, a maioria dos
guias oferece apenas o roteiro de dois, que de fato concentra as melhores
atrações, mas nós queríamos mais e pegamos o maior disponível.
No primeiro
dia conhecemos o Cânion da Sussuapara, que infelizmente está assoreado e muito
degrado. Depois paramos na cachoeira do Lajeado que é linda e vale a visita.
Também visitamos a prainha do Rio Novo, Cachoira da Velha e terminamos o dia vendo o por do sol na
única duna de areia que se formou na região graças ao vento que provoca a erosão
da Serra do Espírito Santo.
| Prainha do Rio Novo |
| Cachoeira da Velha |
| Duna |
As
distâncias no Jalapão são enormes e as estradas todas de terra e areão, então
prepare-se para chacoalhar bastante no carro! Mas o cansaço no corpo no final do
dia vale à pena. O visual é incrivelmente selvagem, a paisagem é exuberante e a
fauna é muito rica.
Dormimos em
uma ótima pousadinha em Mateiros, um minúsculo município do outro lado do
Parque. No outro dia madrugamos para subir a Serra do Espírito Santo e ver o
nascer do sol. A trilha é íngreme, mas bem tranqüila e curta. Como fomos bem
cedo, o ideal seria termos levado
lanterna, mas deu para se virar. Essa atividade é cobrada a parte pelos guias,
que é meio absurdo, mas independente disso, vale a pena fazer, o visual lá de
cima é estonteante.
| Nascer do Sol: Serra do Espírito |
| Onde nasce a Duna |
| Fervedouro |
Também conhecemos a cachoeira da Formiga, que é uma gracinha e rende o banho mais gostoso do Jalapão. Nesse mesmo dia conhecemos a comunidade tradicional de Mumbuco, que produz artesanato com o capim limão e a cachoeira da Velha que é enorme e de uma força incrível. Além disso, podemos observar as serras, morros e formações do Parque.
| Cachoeira da Formiga |
| Cachoeira da Fumaça |
Como ficamos
menos dias que o previsto no Jalapão, resolvemos pegar um ônibus para Porto
Nacional e de lá outro ônibus para a cidade histórica de Natividade, no
Tocantins. Assim aproveitamos para conhecer mais uma cidade em nossa passagem
pelo estado. Confira no próximo post!
Fizemos neste dia a trilha mais fácil, por cima do Cânion. Uma trilha simples de duração de 3 a 4 horas, passando pelo entorno das formações, mas mesmo não sendo a trilha que gostaríamos de fazer (pois preferíamos a por dentro do Cânion), a visão de um lugar tão maravilhoso e imenso valeu a viajem!
Não querendo fazer esta descida, você ainda se pode ver a cachoeira por dois mirantes, um encima de uma torre ao custo de R$ 5 por pessoa, e outro grátis um pouco depois das escadas em uma plataforma de madeira.


A trilha é leve, toda calçada e sinalizada para diminuir o impacto do turismo no parque. Infelizmente, não se pode chegar muito perto da cachoeira, mas a vista é impressionante. Os caldeirões são liberados para banho, mas como era um dia frio, resolvemos não experimentar.
No dia seguinte optamos por fazer uma trilha fora da área do Parque, em uma área particular em que só é permitida a entrada com guia, a Trilha do Ermitão. A propriedade fica ao lado do parque e conta com formações rochosas impressionantes, parecidas com as que vimos nos Cânions do Parque. A trilha é leve, mas longa. Ela passar por mirantes, entra mata a dentro, eleva a uma pequena queda d’água no paredão e por fim a um imenso rio que corta a região do Guartelá. No retorno tomamos um típico café da região na casa da proprietária da área, foi uma delícia.